Bálsamo-de-Abelha (Monarda dydma): Propriedades e Benefícios

Monarda didyma L. / Monarda, conhecida popularmente como monarda, bálsamo-de-abelha, chá-de-Oswego ou bergamota escarlate, é uma planta herbácea perene aromática da família Lamiaceae. Originária da América do Norte, especialmente das regiões leste, esta espécie é valorizada tanto por suas qualidades ornamentais quanto por seus usos medicinais e culinários. Historicamente, a Monarda didyma tem sido empregada por diversas comunidades indígenas norte-americanas para tratar uma variedade de enfermidades, consolidando seu papel na medicina tradicional.

A planta é reconhecida por suas flores vibrantes e folhas perfumadas, que exalam um aroma semelhante ao da bergamota. Essa característica aromática, aliada às suas propriedades antissépticas e carminativas, a tornou um recurso valioso. A pesquisa moderna tem explorado os compostos bioativos presentes na Monarda didyma, validando muitos dos seus usos tradicionais e expandindo o conhecimento sobre seu potencial terapêutico. A planta é um exemplo notável da rica biodiversidade da flora norte-americana e de seu legado etnobotânico.

Nomes Populares e Internacionais da Monarda

  • Português: monarda, bálsamo-de-abelha, chá-de-Oswego, bergamota escarlate.
  • Espanhol: bergamota escarlata, bálsamo de abeja, té de Oswego.
  • Inglês: bergamot, crimson beebalm, Eau-de-Cologne plant, Oswego tea, scarlet beebalm, scarlet monarda.
  • Francês: monarde écarlate, thé d’Oswego.
  • Italiano: monarda scarlatta, tè di Oswego.
  • Alemão: Goldmelisse, Scharlach-Goldmelisse, Scharlach-Indianernessel.

Sinónimos Botânicos da Monarda

A Monarda didyma L. possui alguns sinónimos botânicos que refletem a complexidade da taxonomia vegetal. Embora Monarda didyma seja o nome mais amplamente aceite, outras denominações foram utilizadas ao longo da história da botânica. É importante reconhecer esses sinónimos para uma compreensão completa da literatura científica e histórica relacionada à planta.

Entre os sinónimos mais notáveis, incluem-se Monarda coccinea Michx., Monarda didyma var. coccinea (Michx.) Gray, e Monarda kalmiana Pursh. Essas variações taxonômicas, contudo, são menos comuns na literatura contemporânea, que privilegia a designação original de Linnaeus. A consulta a bases de dados botânicas, como o World Flora Online, confirma a prevalência de Monarda didyma como o nome padrão.

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Família Botânica: Lamiaceae

Ilustração botânica de Monarda didyma L. (monarda, bálsamo-de-abelha, Oswego tea), erva perene aromática da família Lamiaceae descrita por Carl Linnaeus, nativa da América do Norte, mostrando um detalhe das suas flores tubulares vibrantes de cor escarlate, dispostas em densos cachos terminais, com brácteas avermelhadas e folhas verde-escuras, em estilo de enciclopédia botânica do século XIX sobre fundo de papel de herbário.

Ilustração botânica de Monarda didyma L. (monarda, bálsamo-de-abelha, Oswego tea), erva perene aromática da família Lamiaceae descrita por Carl Linnaeus, nativa da América do Norte, mostrando um detalhe das suas flores tubulares vibrantes de cor escarlate, dispostas em densos cachos terminais, com brácteas avermelhadas e folhas verde-escuras, em estilo de enciclopédia botânica do século XIX sobre fundo de papel de herbário.

A Monarda didyma pertence à família Lamiaceae, também conhecida como família da menta. Esta é uma das maiores e mais importantes famílias de plantas com flores, caracterizada por caules quadrados, folhas opostas e flores bilabiadas. A família Lamiaceae é amplamente reconhecida por suas espécies aromáticas, que são ricas em óleos essenciais e compostos bioativos com diversas aplicações medicinais e culinárias.

Muitas plantas desta família, como a hortelã, o alecrim e o tomilho, são valorizadas por suas propriedades terapêuticas, incluindo ações anti-inflamatórias, antissépticas e digestivas. A Monarda didyma partilha essas características, sendo uma representante notável da família Lamiaceae. A presença de compostos como o timol e outros terpenoides na monarda reforça a sua ligação fitoquímica com outras espécies da família.

Partes Utilizadas da Monarda

  • Caules
  • Folhas
  • Flores

Usos Etnobotânicos e Tradicionais da Monarda

  • Alívio de dores de garganta e boca
  • Antisséptico para feridas e infeções cutâneas
  • Carminativo para flatulência excessiva
  • Estimulante geral
  • Tratamento de constipações e gripes
  • Tratamento de problemas respiratórios superiores

Propriedades Terapêuticas da Monarda

  • Analgésico (alivia a dor)
  • Anti-inflamatório (reduz inflamações)
  • Antimicrobiano (combate microrganismos)
  • Antisséptico (previne infeções)
  • Antiespasmódico (alivia espasmos)
  • Carminativo (reduz gases intestinais)
  • Diaforético (promove a transpiração)
  • Expectorante (ajuda a expelir muco)
  • Febrífugo (reduz a febre)
  • Imunoestimulante (estimula o sistema imunitário)

Perfil Fitoquímico Detalhado da Monarda

  • Carvacrol
  • Geraniol
  • Linalol
  • Monardina
  • Timol
  • Terpenos

Formas de Preparo e Administração da Monarda

  • Cataplasma
  • Elixir
  • Infusão (chá)
  • Mel infundido
  • Óleo essencial
  • Oxymel
  • Vapores

Sinergia com Outras Plantas

Alívio Respiratório

A Monarda didyma, devido às suas propriedades expectorantes e antimicrobianas, pode ser combinada com eucalipto (Eucalyptus globulus) e hortelã-pimenta (Mentha × piperita) para potenciar o alívio de sintomas de constipações, gripes e outras infeções respiratórias. O timol da monarda atua sinergicamente com o eucaliptol do eucalipto e o mentol da hortelã, promovendo a desobstrução das vias aéreas e a redução da inflamação.

Suporte Digestivo

Para distúrbios digestivos, a monarda pode ser associada a plantas como a camomila (Matricaria chamomilla) e o gengibre (Zingiber officinale). A ação carminativa da monarda complementa as propriedades anti-inflamatórias e antiespasmódicas da camomila, enquanto o gengibre auxilia na digestão e alivia náuseas. Esta combinação é particularmente útil para reduzir flatulência, cólicas e desconforto gastrointestinal.

Cuidado Cutâneo

Em aplicações tópicas, a Monarda didyma, com suas qualidades antissépticas, pode ser utilizada em sinergia com calêndula (Calendula officinalis) e lavanda (Lavandula angustifolia). A calêndula promove a cicatrização e reduz a inflamação, enquanto a lavanda oferece propriedades antissépticas adicionais e um efeito calmante. Esta combinação é benéfica para o tratamento de pequenas feridas, irritações cutâneas e picadas de insetos.

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Receitas e Protocolos de Uso

Cataplasma para Feridas Leves

Amassar folhas frescas de Monarda didyma até formar uma pasta. Aplicar diretamente sobre pequenas feridas, picadas de insetos ou irritações cutâneas. Cobrir com um pano limpo e deixar atuar por 20 a 30 minutos. Repetir conforme necessário para promover a cicatrização e prevenir infeções.

Cataplasma para Feridas Leves

Amassar folhas frescas de Monarda didyma até formar uma pasta. Aplicar diretamente sobre pequenas feridas, picadas de insetos ou irritações cutâneas. Cobrir com um pano limpo e deixar atuar por 20 a 30 minutos. Repetir conforme necessário para promover a cicatrização e prevenir infeções.

Vapores para Congestão Nasal

Adicionar 2 colheres de sopa de folhas e flores secas de Monarda didyma a uma tigela grande com água fervente. Cobrir a cabeça com uma toalha e inalar os vapores por 5 a 10 minutos. Este método ajuda a descongestionar as vias nasais e aliviar a pressão sinusal.

Terapias Associadas

Aromaterapia

O óleo essencial de Monarda didyma, embora menos comum que o de outras espécies de monarda, pode ser utilizado em aromaterapia pelas suas propriedades estimulantes e purificadoras. A inalação do seu aroma pode ajudar a clarear a mente e a promover uma sensação de bem-estar. Pode ser difundido no ambiente ou inalado diretamente de um lenço.

Fitoterapia Norte-Americana

Na fitoterapia norte-americana, a Monarda didyma é valorizada por suas propriedades antissépticas e diaforéticas. É frequentemente utilizada em preparações para febres, resfriados e problemas digestivos. A planta é um componente importante em muitos remédios tradicionais indígenas, refletindo seu longo histórico de uso na região.

Contraindicações e Efeitos Colaterais da Monarda

Contraindicações

  • Alergia: Indivíduos com sensibilidade conhecida a plantas da família Lamiaceae devem usar a Monarda didyma com cautela.
  • Gravidez e Amamentação: Devido à falta de estudos conclusivos sobre a segurança em gestantes e lactantes, o uso deve ser evitado ou feito sob orientação médica.
  • Interações Medicamentosas: Não há informações suficientes sobre interações medicamentosas significativas. Contudo, é sempre aconselhável consultar um profissional de saúde antes de usar, especialmente se estiver a tomar outros medicamentos.

Efeitos Colaterais

  • Irritação Cutânea: Em algumas pessoas, a aplicação tópica de preparações de monarda pode causar irritação na pele. Recomenda-se um teste de sensibilidade em uma pequena área antes do uso generalizado.
  • Distúrbios Gastrointestinais: O consumo excessivo de infusões muito concentradas pode, ocasionalmente, provocar desconforto gastrointestinal leve.

Curiosidades sobre a Monarda

Etimologia

O nome do género, Monarda, é uma homenagem a Nicolás Monardes, um médico e botânico espanhol do século XVI que escreveu sobre as plantas do Novo Mundo. O epíteto específico, didyma, deriva do grego e significa

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“gêmeo” ou “duplo”, possivelmente referindo-se à forma como as flores aparecem em pares ou grupos.

Chá de Oswego

Um dos nomes populares da Monarda didyma, “Chá de Oswego”, remonta aos nativos americanos da tribo Oswego, em Nova Iorque, que utilizavam as folhas da planta para fazer um chá. Este chá era valorizado tanto por suas propriedades medicinais quanto por seu sabor agradável, tornando-se uma bebida popular entre os colonos europeus.

Atrativo para Polinizadores

A Monarda didyma é amplamente conhecida por atrair polinizadores, como beija-flores, abelhas e borboletas, para jardins. Suas flores vibrantes e ricas em néctar a tornam uma planta essencial para a biodiversidade e para a manutenção de ecossistemas saudáveis, contribuindo para a polinização de outras espécies vegetais.

Perguntas Frequentes sobre o Chá de Monarda

O que é o Chá de Monarda?

O chá de monarda é uma infusão feita a partir das folhas e flores da planta Monarda didyma. É tradicionalmente utilizado por suas propriedades medicinais, incluindo o alívio de sintomas de constipações, gripes e problemas digestivos, além de ser apreciado por seu sabor e aroma.

Quais São os Benefícios do Chá de Monarda?

O chá de monarda é conhecido por suas propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias, expectorantes e carminativas. Pode ajudar a aliviar dores de garganta, congestão nasal, febre, flatulência e cólicas. Também é utilizado como antisséptico tópico para feridas leves e irritações cutâneas.

Como Preparar o Chá de Monarda?

Para preparar o chá, adicione 1 colher de chá de folhas e flores secas de Monarda didyma a 250 ml de água fervente. Deixe em infusão por 10 minutos, coe e beba. Pode ser consumido quente ou frio, e adoçado com mel, se desejar.

Existem Contraindicações para o Chá de Monarda?

Sim, o chá de monarda deve ser evitado por pessoas com alergia conhecida a plantas da família Lamiaceae. Mulheres grávidas ou amamentando devem consultar um profissional de saúde antes de usar. Não há interações medicamentosas significativas conhecidas, mas é sempre prudente buscar orientação médica.

A Monarda didyma é a Mesma Que a Bergamota?

A Monarda didyma é frequentemente chamada de bergamota devido ao seu aroma semelhante ao da fruta cítrica. Contudo, é importante notar que são plantas distintas. A bergamota cítrica (Citrus bergamia) é uma fruta, enquanto a Monarda didyma é uma erva. O nome popular é uma referência ao cheiro, não à origem botânica.

Referências e Estudos Científicos

  1. Missouri Botanical Garden. (2021). Monarda didyma.
  2. The Herbal Academy. (2015). Benefits of Bee Balm: Monarda fistulosa and M. didyma.
  3. Wikipedia. Monarda didyma. Retrieved from Wikipedia
  4. USDA. Monarda didyma. Retrieved from PLANTS Database
  5. Tilford, G. L. Edible and Medicinal Plants of the West.
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