Cardo-Mariano (Silybum marianum) Propriedades e Benefícios

Silybum marianum (L.) Gaertn. / Cardo-Mariano, conhecido popularmente como cardo-leiteiro, é uma planta herbácea anual ou bienal da família Asteraceae, descrita por Carl Linnaeus em 1753 e reclassificada por Joseph Gaertner. Originária da região do Mediterrâneo, esta espécie difundiu-se por todo o mundo devido às suas notáveis propriedades hepatoprotectoras. O cardo-mariano é utilizado há mais de 2000 anos na medicina tradicional europeia, sendo as suas sementes a principal fonte do complexo bioactivo conhecido como silimarina.

Na tradição herbária, o cardo-mariano é a principal planta para o tratamento de doenças do fígado e da vesícula biliar. As suas aplicações vão desde a desintoxicação hepática até ao tratamento de hepatites, cirrose e danos causados por toxinas. A planta é reconhecida pela sua rica composição fitoquímica, especialmente o complexo de flavonolignanas (silimarina), que confere as suas propriedades antioxidantes e regeneradoras das células hepáticas. A investigação científica moderna validou muitos dos seus usos tradicionais, consolidando a sua posição como uma das plantas medicinais mais importantes para a saúde do fígado.

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Nomes Populares e Internacionais do Cardo Mariano

  • Português: cardo-mariano, cardo-branco, cardo-leiteiro, cardo-de-nossa-senhora, cardo-de-santa-maria, cardo-santo, serralha-de-folhas-pintadas.
  • Espanhol: cardo mariano, cardo lechero, cardo lechoso, cardo de María, cardo de Santa María.
  • Inglês: milk thistle, blessed milkthistle, Marian thistle, Mary thistle, Saint Mary’s thistle, Mediterranean milk thistle, variegated thistle.
  • Francês: chardon-marie, chardon de Notre-Dame.
  • Italiano: cardo mariano, cardo della Madonna.
  • Alemão: Mariendistel, Echte Mariendistel.

Sinónimos Botânicos do Cardo Mariano

Carduus marianus L. é o sinónimo botânico original, sendo a base para a classificação posterior. Outros sinónimos menos comuns incluem Mariana lactea Hill e Carduus lactifolius Stokes.

Família Botânica: Asteraceae

Ilustração botânica de Silybum marianum (L.) Gaertn. (cardo mariano, cardo-leiteiro), planta anual ou bienal da família Asteraceae, nativa do sul da Europa, Ásia e norte da África, mostrando planta completa com flores vermelho-arroxeadas, folhas verdes brilhantes com veios brancos leitosos e espinhos, em estilo de enciclopédia botânica do século XIX sobre fundo de papel de herbário.

Ilustração botânica de Silybum marianum (L.) Gaertn. (cardo mariano, cardo-leiteiro), planta anual ou bienal da família Asteraceae, nativa do sul da Europa, Ásia e norte da África, mostrando planta completa com flores vermelho-arroxeadas, folhas verdes brilhantes com veios brancos leitosos e espinhos, em estilo de enciclopédia botânica do século XIX sobre fundo de papel de herbário.

A família Asteraceae, também conhecida como Compositae, é uma das maiores famílias de plantas com flores, abrangendo cerca de 1.900 géneros e mais de 32.000 espécies distribuídas por todo o mundo. Esta família é caracterizada pela inflorescência em capítulo, onde numerosas flores pequenas estão agrupadas numa estrutura que simula uma única flor. As Asteraceae incluem plantas de grande importância económica, alimentar e medicinal, como a alface, o girassol e a alcachofra.

O cardo-mariano partilha características morfológicas típicas da família, incluindo flores compostas por flósculos tubulares no disco central e flores liguladas nas margens. A família Asteraceae é conhecida pela produção de compostos bioativos, especialmente lactonas sesquiterpénicas, flavonoides e óleos essenciais, que conferem propriedades medicinais a muitas das suas espécies. A diversidade química desta família tem sido objeto de intensa investigação farmacológica, contribuindo para o desenvolvimento de fitofármacos e suplementos alimentares.

Partes Utilizadas do Cardo Mariano

  • Caules
  • Folhas
  • Frutos (aquénios)
  • Raízes
  • Sementes (frutos)
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Usos Etnobotânicos e Tradicionais do Cardo Mariano

  • Alívio da má digestão.
  • Auxílio no controle da diabetes tipo 2.
  • Cirrose hepática
  • Consumo das folhas e caules (após remoção dos espinhos) como alimento.
  • Consumo das raízes (cruas ou assadas) como alimento.
  • Danos hepáticos por toxinas (álcool, venenos)
  • Desintoxicação do fígado
  • Distúrbios da vesícula biliar
  • Hepatite viral (aguda e crónica)
  • Icterícia
  • Prevenção e tratamento de envenenamento por cogumelos (especialmente Amanita phalloides).
  • Redução dos níveis de colesterol.
  • Suporte à saúde neurológica.
  • Tratamento de doenças do fígado e vias biliares (hepatite, cirrose, esteatose hepática).
  • Utilização da flor como agente coagulante na produção de queijo de ovelha em Portugal.

Propriedades Terapêuticas do Cardo Mariano

  • Antibacteriano (combate bactérias)
  • Anticancerígeno (previne o câncer)
  • Antidiabético (ajuda a controlar o açúcar no sangue)
  • Antifúngico (combate fungos)
  • Anti-inflamatório (reduz inflamações)
  • Antioxidante (combate radicais livres)
  • Antifibrótico (previne a formação excessiva de tecido fibroso)
  • Cardioprotetor (protege o coração)
  • Hepatoprotetor (protege o fígado)
  • Hipocolesterolêmico (reduz o colesterol)
  • Hipoglicemiante (reduz o açúcar no sangue)
  • Imunomodulador (modula o sistema imunitário)
  • Neuroprotetor (protege o sistema nervoso)

Perfil Fitoquímico Detalhado do Cardo Mariano

  • Ácidos Graxos: As sementes contêm 20-35% de ácidos graxos, sendo os mais abundantes o ácido linoleico e o ácido oleico.
  • Polifenóis
  • Silimarina: Principal componente bioativo, um complexo de flavonolignanas que inclui:
    • Silibinina A
    • Silibinina B
    • Isossilibinina A
    • Isossilibinina B
    • Silicristina
    • Isossilicristina
    • Silidianina
  • Taxifolina: Um flavonoide também presente no complexo da silimarina.

Formas de Preparo e Administração do Cardo Mariano

  • Cápsulas (extrato seco padronizado)
  • Comprimidos
  • Extrato fluido
  • Extrato líquido
  • Infusão (chá)
  • Sementes trituradas
  • Tintura

Sinergia com Outras Plantas

Controle Glicémico

A combinação do cardo mariano com a canela (Cinnamomum verum) e a gymnema (Gymnema sylvestre) pode ser benéfica para o controle da glicemia. A canela é conhecida por melhorar a sensibilidade à insulina, e a gymnema ajuda a reduzir a absorção de açúcar no intestino. Juntos, esses componentes podem oferecer um suporte complementar no manejo da diabetes tipo 2, auxiliando na regulação dos níveis de açúcar no sangue.

A associação de cardo-mariano com feno-grego (Trigonella foenum-graecum) e melão-de-são-caetano (Momordica charantia) também pode ser benéfica no controlo da diabetes tipo 2. A silimarina demonstrou ter efeitos hipoglicemiantes, que são complementados pela ação das fibras do feno-grego e dos compostos insulinomiméticos do melão-de-são-caetano.

Proteção Hepática

A combinação de cardo-mariano com alcachofra (Cynara scolymus) e dente-de-leão (Taraxacum officinale) potencializa a ação hepatoprotetora e desintoxicante. A silimarina do cardo-mariano, a cinarina da alcachofra e os compostos amargos do dente-de-leão atuam sinergicamente para proteger as células do fígado, estimular a produção de bílis e promover a eliminação de toxinas.

Saúde Digestiva

Para problemas digestivos, o cardo mariano pode ser combinado com a hortelã-pimenta (Mentha × piperita) e o gengibre (Zingiber officinale). A hortelã-pimenta possui efeitos antiespasmódicos e carminativos, aliviando gases e cólicas, enquanto o gengibre é um potente antiemético e digestivo. Esta sinergia promove uma digestão mais eficiente e reduz o desconforto gastrointestinal, complementando a ação protetora do cardo mariano sobre o fígado.

Suporte Hepático

O cardo mariano, rico em silimarina, atua sinergicamente com a alcachofra (Cynara scolymus) e o dente-de-leão (Taraxacum officinale) para otimizar a função hepática. A alcachofra estimula a produção de bílis, enquanto o dente-de-leão possui propriedades diuréticas e desintoxicantes. Esta combinação potencializa a proteção e regeneração do fígado, auxiliando na eliminação de toxinas e na melhoria da digestão de gorduras.

Receitas e Protocolos de Uso do Cardo Mariano

Cápsulas de Extrato Padronizado

Ingredientes: Cápsulas de extrato seco de cardo mariano (padronizado para 70-80% de silimarina).

Preparação: Seguir as instruções do fabricante. Geralmente, a dosagem recomendada varia entre 200 a 400 mg de silimarina, 2 a 3 vezes ao dia, antes das refeições. É fundamental consultar um profissional de saúde para determinar a dosagem adequada para cada caso específico, especialmente em tratamentos prolongados ou condições hepáticas graves.

Infusão de Sementes de Cardo Mariano para Desintoxicação Hepática

Ingredientes: 1 colher de chá (aproximadamente 2-3 g) de sementes de cardo mariano trituradas, 200 ml de água fervente.

Preparação: Colocar as sementes trituradas numa chávena e adicionar a água fervente. Tapar e deixar em infusão por 10 a 15 minutos. Coar e consumir. Pode-se beber 1 a 3 chávenas por dia, preferencialmente entre as refeições. Esta infusão é útil para auxiliar na digestão e como suporte hepático geral.

Ingredientes: 1 colher de chá de sementes de cardo-mariano trituradas, 250 ml de água fervente.

Preparação: Adicionar as sementes trituradas à água fervente. Tapar e deixar em infusão durante 10-15 minutos. Coar e beber 1 a 3 chávenas por dia, de preferência antes das refeições.

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Tintura de Cardo Mariano para Suporte ao Fígado

Ingredientes: 200 g de sementes de cardo mariano trituradas, 1 litro de álcool a 70% (ou vodka de boa qualidade).

Preparação: Colocar as sementes trituradas num frasco de vidro escuro e cobrir com o álcool. Fechar hermeticamente e deixar macerar por 2 a 4 semanas em local fresco e escuro, agitando diariamente. Coar a mistura através de um pano fino ou filtro de café e armazenar a tintura resultante num frasco de vidro escuro. A dosagem usual é de 20 a 30 gotas, diluídas em um pouco de água, 2 a 3 vezes ao dia. Consultar um profissional de saúde para orientação específica.

Terapias Associadas ao Cardo Mariano

Fitoterapia Clínica

Na fitoterapia clínica moderna, o cardo mariano é amplamente prescrito em diversas formas farmacêuticas, como extratos padronizados, cápsulas e comprimidos. Os extratos são frequentemente titulados em silimarina para garantir a eficácia terapêutica. A fitoterapia clínica utiliza o cardo mariano no tratamento de distúrbios hepáticos, como hepatite, cirrose e esteatose hepática, bem como em casos de intoxicação. A prescrição é individualizada, considerando as necessidades específicas de cada paciente e possíveis interações com outros medicamentos.

Homeopatia

Na homeopatia, Carduus marianus é um remédio indicado para condições relacionadas ao fígado e ao sistema portal. É frequentemente utilizado para tratar sintomas como dor no fígado, icterícia, náuseas e problemas digestivos associados a disfunções hepáticas. O remédio homeopático é preparado a partir da planta fresca, seguindo os princípios de diluição e dinamização. É prescrito em potências variadas, dependendo da cronicidade e intensidade dos sintomas.

Contraindicações e Efeitos Colaterais do Cardo Mariano

Contraindicações Gerais

O cardo mariano é contraindicado para indivíduos com alergia conhecida a plantas da família Asteraceae, que inclui crisântemos, margaridas, ambrósia e calêndula. Reações alérgicas podem manifestar-se como dermatite de contacto, urticária ou, em casos mais graves, anafilaxia. Mulheres grávidas devem evitar o consumo de cardo mariano em doses terapêuticas elevadas devido ao seu potencial efeito emenagogo, que pode estimular contrações uterinas. Embora o consumo ocasional de infusões leves seja geralmente considerado seguro durante a gravidez, a prudência aconselha a consulta médica antes da utilização regular.

Indivíduos com distúrbios hemorrágicos ou que estejam a tomar anticoagulantes devem utilizar o cardo mariano com precaução, uma vez que as cumarinas presentes na planta podem potenciar os efeitos anticoagulantes. Crianças com menos de 6 meses não devem utilizar o cardo mariano sem supervisão médica. Em lactentes, existe um risco teórico de contaminação por esporos de Clostridium botulinum em preparações de cardo mariano, especialmente quando combinadas com mel.

Efeitos Colaterais Comuns

Os efeitos colaterais do cardo mariano são raros e geralmente ligeiros. Em algumas pessoas, o consumo pode causar náuseas, vómitos, diarreia, gases intestinais, sensação de plenitude, perda de apetite, dor de estômago, dor de cabeça, tontura e fadiga. A aplicação tópica de preparações de cardo mariano pode ocasionalmente resultar em dermatite de contacto, especialmente em indivíduos sensíveis. O óleo essencial, quando aplicado diretamente sobre a pele sem diluição adequada, pode causar irritação e sensibilização cutânea.

Interações Medicamentosas

O cardo mariano pode interagir com diversos medicamentos. A sua ação sobre o sistema citocromo P450 pode alterar o metabolismo de fármacos, incluindo anticoagulantes como a varfarina, aumentando o risco de hemorragia. A combinação de cardo mariano com benzodiazepínicos ou outros sedativos pode potenciar os efeitos depressores do sistema nervoso central, resultando em sonolência excessiva. Indivíduos que tomam medicamentos para diabetes devem monitorizar cuidadosamente os níveis de glicose, uma vez que o cardo mariano pode ter efeitos hipoglicemiantes ligeiros.

Curiosidades sobre o Cardo Mariano

Lenda da Virgem Maria

A lenda mais conhecida sobre o cardo mariano (Silybum marianum) remonta à Virgem Maria. Diz-se que as manchas brancas nas folhas da planta são o leite da Virgem Maria que caiu sobre elas enquanto amamentava o menino Jesus. Esta lenda deu origem a muitos dos seus nomes populares, como cardo-mariano, cardo-leiteiro e cardo-de-santa-maria. Esta associação mística contribuiu para a sua popularidade e uso tradicional ao longo dos séculos, especialmente na Europa.

Uso na Culinária Antiga

Para além das suas propriedades medicinais, o cardo mariano teve um papel na culinária antiga. As folhas jovens, caules e raízes eram consumidos como vegetais, e as cabeças das flores podiam ser preparadas de forma semelhante à alcachofra. Esta versatilidade demonstra a importância da planta não só como remédio, mas também como fonte de alimento em diversas culturas.

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Perguntas Frequentes sobre o Chá de Cardo Mariano

O Que é o Cardo Mariano?

O cardo mariano (Silybum marianum) é uma planta medicinal conhecida pelas suas propriedades hepatoprotetoras, antioxidantes e anti-inflamatórias. É frequentemente utilizado para apoiar a saúde do fígado e tratar diversas condições relacionadas.

Para Que Serve o Chá de Cardo Mariano?

O chá de cardo mariano é tradicionalmente usado para auxiliar na desintoxicação do fígado, proteger as células hepáticas, melhorar a digestão, e como suporte no tratamento de doenças como hepatite, cirrose e esteatose hepática. Também pode ajudar no controle da glicemia e na redução do colesterol.

O Cardo Mariano Emagrece?

Não há evidências científicas diretas de que o cardo-mariano cause perda de peso. No entanto, ao melhorar a função hepática, pode otimizar o metabolismo de gorduras, o que indiretamente pode auxiliar no controlo de peso.

Como Preparar o Chá de Cardo Mariano?

Para preparar o chá, utilize 1 colher de chá de sementes de cardo mariano trituradas para 200 ml de água fervente. Deixe em infusão por 10 a 15 minutos, coe e beba. Recomenda-se consumir 1 a 3 chávenas por dia, preferencialmente entre as refeições.

Posso Tomar Cardo-Mariano Todos os Dias?

Sim, o cardo-mariano é geralmente considerado seguro para uso diário, dentro das dosagens recomendadas. No entanto, é sempre aconselhável consultar um profissional de saúde antes de iniciar o uso a longo prazo.

Existem Contraindicações Para o Consumo de Cardo Mariano?

Sim, o cardo mariano é contraindicado para pessoas com alergia a plantas da família Asteraceae, mulheres grávidas (em altas doses), e indivíduos com distúrbios hemorrágicos ou que tomam anticoagulantes. Crianças menores de 6 meses também devem evitar. Consulte sempre um profissional de saúde antes de usar.

Quais São os Efeitos Colaterais do Cardo Mariano?

Os efeitos colaterais são geralmente leves e raros, podendo incluir náuseas, vómitos, diarreia, gases intestinais, dor de estômago, dor de cabeça e fadiga. Reações alérgicas cutâneas também podem ocorrer em indivíduos sensíveis.

O Cardo Mariano Interage Com Outros Medicamentos?

Sim, o cardo mariano pode interagir com medicamentos metabolizados pelo sistema citocromo P450, como anticoagulantes (varfarina) e sedativos (benzodiazepínicos), potencializando seus efeitos. Pode também influenciar os níveis de glicose em diabéticos. É crucial informar o seu médico sobre o uso de cardo mariano se estiver a tomar outros medicamentos.

Quanto Tempo Leva Para Ver os Efeitos do Cardo-Mariano?

Os efeitos do cardo-mariano podem variar dependendo da condição a ser tratada e da dosagem utilizada. Em geral, para condições crónicas, pode levar várias semanas ou meses de uso contínuo para observar melhorias significativas.

Referências e Estudos Científicos

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